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Universitário vende brownies para comprar cadeira para adolescente com paralisia cerebral em Cuiabá
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O estudante de ciências contábeis William Lima, de 21 anos, decidiu vender brownies para arrecadar dinheiro e comprar uma cadeira de rodas para Rodrigo Willison Alves Silva, de 17 anos, que tem paralisia cerebral e mora em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Ele ficou comovido depois de ver a publicação do caso em uma rede social.
Os brownies são vendidos a R$ 5 e R$ 7, dependendo do sabor. A cadeira de rodas que ele pretende comprar para Rodrigo custa R$ 5 mil.
William compra os brownies por um preço mais baixo de uma empresa, que também quer contribuir com a causa.
A família do adolescente também ajuda nas vendas.
Ele disse que os brownies recheados de diferentes sabores como doce de leite com nozes, nutella, brigadeiro e café, são vendidos a R$ 7. Já os tradicionais têm o custo de R$ 5.
As vendas começaram no início deste mês e até agora já foram arrecadados cerca de R$ 700. William disse que decidiu ser voluntário na campanha, pois sua mãe também ajudava a família com leite, fraldas e comida.
“Minha irmã tem microcefalia e sei o quanto é necessário uma cadeira de rodas”, disse.
William afirmou que os pontos de entrega dos brownies para os clientes são universidades localizadas em Cuiabá e Várzea Grande.
A mãe de Rodrigo, Antônia Alves da Conceição, disse que, devido à paralisia cerebral, o filho é dependente da família e toma remédios caros para controlar as convulsões, tosse e falta de ar.
“Ele faz quatro inalações por dia para poder respirar melhor e quatro refeições por dia”, contou.
A paralisia é um conjunto de desordens permanentes que afetam o movimento e postura.
Os sintomas ocorrem devido a um distúrbio que acontece durante o desenvolvimento do cérebro, na maioria das vezes antes do nascimento.
Além de Rodrigo, Antônia tem mais quatro filhos que moram com ela. Ela disse que vive apenas de doações de alimentos, remédios e fraldas.
“Estamos vivendo com doações de amigos, porque eu não posso trabalhar pois preciso cuidar do Rodrigo”, afirmou.